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Oogênese ou Ovogênese



É a formação do óvulo ou gameta feminino , fenômeno que ocorre no interior de pequenas vesículas na superfície dos ovários chamadas folículos de graaf . Cada folículo tem o aspecto de uma pequena bolha, com alguns milímetros de diâmetro . Normalmente , a cada período 28 dias, um único folículo deve amadurecer , eliminando o óvulo formado no seu interior. Dessa maneira , podemos distinguir folículos primários , folículos em desenvolvimento e folículos maduros. A evolução da oogênese compreende as mesmas três fases vistas no estudo da espermatogênese : multiplicação , crescimento e maturação. Entretanto , tais fases passam-se em épocas completamente diferentes da vida , em comparação com a espermatogênese. E têm , também , duração totalmente diversa. A fase de multiplicação ou fase germinativa da oogênese tem início ainda durante a vida intra-uterina. Quando por volta da 15ª semana da vida fatal , verifica-se que as ovogônias ou oogônias já se multiplicaram numerosas vezes e se preparam para a interrupção total e definitiva da fase de multiplicação. Tem logo início a fase de crescimento. Assim , as oogônias de última ordem sofrem aumento de volume e se transformam em óocitos primários ou de primeira ordem. A fase de crescimento perdura até por volta do 7ª mês do desenvolvimento embrionário . Logo, ela dura uns quatro meses , tempo suficiente para justificar a dimensão do óvulo imensamente maior do que a do espermatozoide . Lembre-se que, enquanto o espermatozoide é uma célula muito pequena , o óvulo é uma célula que se encontra nos limites da visão a olho nu - ele tem um diâmetro de cerca de 200 micrômetros, o que significa dizer 0,2 mm. O volume do óvulo é cerca de 1000 vezes maior do que a do espermatozoide . A partir do 7ª mês de gestação , os oócitos primários (no organismo fetal) iniciam a fase de maturação. Nesta etapa da oogênese, cada oócito primário deverá passar por uma meiose . Mas aí, sucede uma fato interessante . Todos os oócitos primários iniciam a uma só tempo a divisão I da meiose. Assim, realizam quase toda a prófase I: leptóteno, zigóteno , paquíteno e diplóteno. Ocorre , então, o curioso - todos os oócitos primários interrompem a sua meiose ao mesmo tempo, sem realizar a última etapa da prófase I, que é a subfase de diacinese. Toda a oogênese parece estagnar-se. Assim permanecerá até a adolescência. Portanto, ao nascer , a menina já realizou as fases de multiplicação e crescimento e já possui um grande número de oócitos primários em processo interrompido de meiose . Esse fenômeno de interrupção da meiose recebe o nome de dictióteno. Quando se instala a puberdade e dali por diante , sob estímulo hormonal (hormônios gonadotróficos da hipófise). começa a ter prosseguimento o processo meiótico. Mas um oócito apenas, de cada vez, fará o restante da meiose , completando a fase de maturação , a fim de originar um óvulo. Dessa forma, a cada período regular e 28 dias , haverá a produção de um único óvulo. repare que, na oogênese , forma-se apenas um óvulo a partir de cada oogônia de última ordem. na primeira divisão da meiose (divisão reducional), o oócito primário (diplóide) orignia duas células haplóides - uma maior , o oócito secundário , e outra menor , o 1ª glóbulo polar. Este último , dividindo-se ou não , deverá degenerar e desaparecer . O oócito secundário , posteriormente , fará a segunda divisão (equacional) da meiose e originará duas outras células haplóides - uma menor , o 2ª glóbulo polar , que também regredirá , e outra maior , que já é próprio óvulo ainda que muitos autores falem na fase de oótide , em verdade inexistente). Se apenas um oócito primário de cada vez desencadeia o restante da meiose a cada período de 28 dias , enquanto os demais "esperam a sua vez" , será evidente que numerosos oócitos terão de esperar muitos anos até que chegue a sua vez. Numa mulher com 40 anos d idade , por exemplo, cada oócito que termina a sua fase de maturação já estava num período de dictióteno que se havia instalado há quatro decênios. Uma célula nesta circunstância está bem velha e muito suscetível de cometer erros de divisão celular erros de disjunção cromossômica ou de permuta gênica). Isso justifica a grande frequência de filhos mongolóides em mulheres com mais de 40 anos de idade. Na mulher jovem , a possibilidade de um filho mongolóide é de aproximadamente 1/2000, enquanto na mulher com mais de 40 anos essa proporção aumenta para 1/100.


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