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Rede De Comunicação na Bahia



"O ex-governador Antonio Carlos Magalhães montou uma estrutura de comunicação na Bahia voltada para a divulgação permanente das suas obras e da sua imagem. A estratégia de ACM é chamada de "coronelismo eletrônico" pelo deputado Jutahy Magalhães Junior (PSDB-BA), pré-candidato ao governo estadual. A influência pelos meios de comunicação começa com uma rede de 90 emissoras de rádio e TV espalhadas pelo Estado. Todas estão nas mãos de aliados políticos , parentes e amigos do governador. ACM concedeu a maioria dos canais quando foi ministro das Comunicações. Esta rede de comunicação garante garante a divulgação da imagem de ACM em todo o Estado. A veiculação massiva a propaganda do governo faz parte da estratégia. Nas últimas semanas no cargo (ACM deixou o governo em 2 de abril [1994]), o governador intensificou sua propaganda institucional . Pesquisa da empresa Levantamento de Dados e Anunciantes mostra que o governo estadual veiculou 127 minutos de propaganda em três emissoras de TV de salvador (Itapoã, Bandeirantes e Bahia) entre 19 e 29 deste mês, com imagens e até discursos de ACM. [...] A mídia de ACM privilegia os aliados e discrimina os adversários , segundo levantamento feito pelo jornal oposicionista Tribuna da Bahia. Entre janeiro e dezembro de 93, a publicidade do governo ocupou 33.615 centímetros de coluna no Correio da Bahia , que tem o governador como um dos proprietários . Na Tribuna, jornal de oposição , a propaganda ficou em 544 centímetros. Além disso, entre janeiro de 92 e março de 93 , o governo do estado pagou U$$ 1,6 milhão em publicidade à TV Bahia, que tem o deputado Luís Eduardo , filho de ACM , como um dos proprietários."

-Lucio Vaz . Folha de S.Paulo. 5 abr. 1994.


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