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Membranas Semipermeáveis


Os cientistas descobriram que alguns materiais naturais têm uma interessante propriedade. Eles permitem que determinadas substâncias os atravessem, mas outras não. Como a palavra "permeável" significa " que deixa passar" e a palavra "impermeável" significa "o que não deixa passar" , tais materiais foram denominados materiais "semipermeáveis" , pois são seletivos quanto às substâncias que os atravessam. A membrana que reveste as células é um exemplo de material que apresenta seletividade sobre certas substâncias que a atravessam . As moléculas de água , algumas outras moléculas pequenas e alguns íons hidratos podem atravessar a membrana celular. Isso permite que substâncias necessárias ao funcionamento da célula entrem nela. Também permite que substâncias tóxicas produzidas por ela sejam eliminadas para o meio externo. Moléculas muito grandes não atravessam os orifícios da  membrana celular, o que é importantíssimo para evitar que as células percam as proteínas e outras substâncias vitais para o seu funcionamento saudável. De modo bem simplista , podemos considerar que a permeabilidade seletiva está relacionada à existência de minúsculos orifícios nos materiais semipermeáveis. Esses orifícios , de dimensões microscópicas , permitem que partículas menores que eles os atravessem , mas partículas maiores não. Os químicos perceberam que algumas membranas naturais  e também algumas artificialmente produzidas apresentam um caso interessante de semi-permeabilidade: permitem a passagem do solvente água, mas não de solutos nela dissolvidos. Essas membranas semipermeáveis estão envolvidas num acontecimento denominado "osmose".


Nutrientes , Suas Funções e Seu Conteúdo Calórico


Nutriente é toda substância presente na alimentação que pode ser usada pelo organismo para crescer, para se manter vivo ou para reparar as partes machucadas ou desgastadas. Um nutriente tem função energética quando ele fornece energia para o funcionamento das células, tem função plástica quando atua como "material de construção" das partes do corpo , por exemplo, para produzir novas células que substituem células mortas , e tem função reguladora quando atua no organismo ajudando a controlar uma ou mais atividades vitais. Na nossa alimentação precisamos de seis nutrientes básicos. São os carboidratos , as proteínas , os lipídios, os minerais , as vitaminas e as fibras.  Existem tabelas que mostram as funções principais de cada um dos nutrientes e lista exemplos de alimentos nos quais podem ser encontrados. A respiração celular é um processo que ocorrendo interior das células e que permite a elas obter energia partir do oxigênio e de nutrientes apropriados. O sistema circulatório conduz até a célula os materiais necessários à respiração celular . Nosso corpo está adaptado para usar primeiramente a glicose como material energético para a respiração celular . A glicose é um carboidrato proveniente da digestão de carboidratos mais complexos, como o açúcar de cana e o amido. Quando a alimentação de um indivíduo não contém carboidratos em quantidade suficiente para suprir as necessidades de seu corpo, as células podem usar , em lugar da glicose , os aminoácidos (provenientes da digestão das proteínas ) ou os ácidos graxos e o glicerol (provenientes da digestão dos lipídios). Mas isso só acontece quando as células não têm glicose disponível. Se houver glicose , ela será usada.  Uma vez que os carboidratos , as proteínas e os lipídios fornecem materiais que podem ser usados na respiração celular , esses nutrientes têm função energética. É importante frisar que os carboidratos são as fontes primeiras e mais importantes de energia para nosso corpo, que só utiliza outros materiais (que vêm de proteínas e de lipídios) na respiração celular se houver falta de carboidratos na dieta. Alguns tipos de células (as do cérebro, por exemplo) podem até morrer se a pessoa não ingerir carboidratos por tempo prolongado e a concentração de glicose no sangue cair muito.  Os nutricionistas expressam geralmente a energia que um nutriente pode fornecer em quilocaloria, simbolizada por Kcal. Eles descobriram que cada grama de carboidrato fornece 4 kcal de energia, cada grama de proteína também fornece 4 kcal e cada grama de lipídio fornece 9 kcal.  Perceba que a quantidade de energia fornecida por grama de lipídio é mais do que o dobro do fornecido por carboidratos e proteínas! (Há um artigo costume entre os nutricionistas , que é o de chamar a quilocaloria de caloria nutricional e representá-la por Cal, com C maiúsculo. Esse hábito que causa confusão com a unidade caloria, cal- está sendo abandonado, felizmente.)


Termoquímica : O Calor E Os Processos Químicos + Comentários Preliminares


A energia é um assunto de grande importância não apenas nos meios científicos , mas também para a sociedade em geral. Os meios de transporte, os variados tipos de dispositivos, a manufatura de bens e muitas outras atividades humanas dependem da existência de fontes de energia e do conhecimento de como explorá-las. Uma das fontes energéticas mais importantes são os combustíveis, substâncias que, ao sofrerem combustão ( queima ), liberam energias que podem ser aproveitadas para diversas finalidades. Essa energia, que é liberada na forma de calor (Energia Em Transferência) , pode ser convertida para outras formas de energia - elétrica ou mecânica, por exemplo, para ser aproveitada.  As reações de combustão, são exemplos de processos que liberam calor. Conhecidos, também, processos que absorvem calor.  Esta parte , tem como tema a energia que é liberada ou absorbida, sob a forma de calor, a pressão constante,  em processos de interesse da Química, tais como as mudanças de fase (solidificação, fusão, vaporização, condensação etc.)  e as reações químicas. O ramo da química que estuda esse tema é denominado termoquímica. Nesta parte, você verá, entre outras coisas, como se faz a medida do calor, como se faz uma reação, como se pode prever o  calor liberado ou absorvido numa reação mesmo sem realizá-la e como o conhecimento de dados referentes a energia envolvida em processos químicos  permite fazer previsões úteis. Você aprenderá também alguns f importantes fatos sobre o conteúdo energético dos alimentos, sua relação  com atividades corporais e sua atividade informativa na busca de hábitos saudáveis de nutrição.


Tecnologia De Processo Toyotismo


Foi no Japão que ocorreu a transformação do processo de produção de mercadorias na Terceira revolução Industrial . Por ser um país  com um território pequeno , dependente da importação de matérias-primas e com pouco espaço para estocar os seus produtos , nesse país a produção foi organizada de um modo diferente do tradicional modelo fordista. Essa nova organização da produção  ficou conhecida  pelo nome just-in-time (literalmente, tempo justo)  e foi implementada pela primeira vez , em meados do século XX, na fábrica de motores da Toyota . Depois , foi incorporada pelas principais indústrias do mundo. No interior da fábrica, as diferentes etapas de produção , dede a entrada das matérias-primas até a saída do produto , são realizadas de forma combinada entre fornecedores , produtores e compradores . A matéria prima que entra na fábrica corresponde  exatamente à quantidade de mercadorias são feitas dentro do prazo estipulado e de acordo com o pedido dos compradores. Além da eficiência , o sistema just-in-time permite diminuir o custo de estocagem e a volume da produção fica diretamente relacionado à capacidade  do mercado de consumo , evitando-se perdas de estoque ou diminuição do preço , caso ocorra uma defasagem tecnológica do  produto. O trabalho especializado e rotineiro da linha de montagem do sistema fordista foi substituída por um sistema flexível , em que o trabalhador pode ser  deslocado para realizar diferentes funções , de acordo com as necessidades da produção em cada momento. Nesse novo sistema , a modificação e a atualização nos modelos das mercadorias podem ser feitas a partir de pequenas reestruturações da mesma fábrica , utilizando-se os mesmos equipamentos. Os recursos da microeletrônica , da robótica e da informática, intensivamente utilizados nesse sistema, viabilizam essas frequentes mudanças. Essa flexibilidade industrial tornou-se importante num mundo em que a evolução tecnológica acarreta constante criação e modificação de produtos , com consequente diminuição da vida útil das mercadorias. É preciso ressaltar , no entanto, que a difusão do toyotismo trouxe uma ampliação nos fluxos de mercadorias, inclusive , num ritmo mais acelerado , demandando novas exigências ao setor de transportes.


Hierarquia e Influência Dos Centros Urbanos no Brasil



 "        Dentro da rede urbana , as cidades são os nós de sistemas de produção e distribuição de mercadorias e prestação de serviços diversos , que se organizam segundo níveis hierárquicos distribuídos de forma desigual pelo território. Por exemplo, o Centro-Sul do país  possui uma rede urbana estruturada com grande número de metrópoles , capitais regionais e centros sub-regionais bastante articulados entre si   ". Já na Amazônia , as cidades são esparsas e bem menos articuladas , o que leva centros menores a exercerem o nível de importância da hierarquia urbana regional que outros maiores localizados no Centro-Sul. Como já vimos , outro fator importante que devemos considerar ao analisar os fluxos no interior de uma rede urbana é a condição de acesso proporcionada pelos diferentes níveis de renda da população.  Um morador rico de uma cidade pequena consegue estabelecer muito mais conexões econômicas e socioculturais que um morador pobre de uma grande metrópole. Como a mobilidade das pessoas entre as cidades da rede urbana depende de seu nível de renda , os pobres que procuram e não encontram o bem ou o serviço de que necessitam no município onde moram acabam ficando sem ele.  Segundo o IBGE , as regiões de influência das cidades brasileiras são delimitadas principalmente pelo fluxo de consumidores que utilizam o comércio e os serviços públicos e privados no interior da rede urbana. Para realizar o levantamento para a elaboração do mapa que foi investigada a organização dos meios de transporte entre os municípios e os principais destinos das pessoas que buscam produtos e serviços (mercadorias diversas , serviços de saúde e educação , aeroportos , compra e venda de insumos e produtos agropecuários e outros). A disseminação do acesso ao sistema de telefonia , o aumento no número de pessoas conectadas à internet , a modernização do sistema de transportes e a ocupação de novas fronteiras econômicas vêm modificando sustancialmente a dinâmica dos fluxos de pessoas , mercadorias , serviços e informações pelo território nacional.

1¤Metrópoles - São os 12 principais centros urbanos do País e foram divididas em três subníveis , segundo o tamanho e a capacidade de polarização:

a-Grande metrópole nacional - São Paulo, a maior metrópole do País (195 milhões de habitantes , em 2007) , com poder de polarização em escala nacional; b- Metrópole Nacional - Rio de Janeiro e Brasília (11,8 milhões de habitantes, respectivamente , em 2007), que também estendem seu poder de polarização em escala nacional , mas num nível de influência menor que São Paulo;

c- Metrópole - Manaus , Belém , Fortaleza , Recife , Salvador , Belo Horizonte , Curitiba , Goiânia e Porto Alegre , com população variando de 1,6 (Manaus) a 5,1 milhões (Belo Horizonte) , são regiões metropolitanas que têm poder de polarização em escala regional. 

2. Capital Regional - Neste nível de polarização encontramos 70 municípios com influência regional. 

É subdividido em três níveis:

a. Capital Regional A - Engloba 11 cidades , com média de 955 mil habitantes. 

b. Capital regional B - 20 cidades , com média de 435 mil habitantes;

c. Capital Regional C- 39 cidades , com média de 250 mil habitantes. 

3. Centro sub-regional - 169 municípios com serviços menos complexos e área de polarização mais reduzida , são subdivididos em :

a. Centro sub-regional A - 85 cidades , com média de 95 mil habitantes;

b. Centro sub-regional B - 79 cidades, com média de 72 mil habitantes. 

4. Centro de zona - 556 cidades de menor porte que dispõem apenas de serviços elementares e estendem seu poder de polarização somente nas cidades vizinhas. Subdivide-se em:

a. Centros de Zona A- 192 cidades , com média de 45 mil habitantes;

b. Centros de zonas B- 364 cidades, com média de 23 mil habitantes. 

5. Centro local - as demais  4 473 cidades brasileiras, com média de 8 133 habitantes e cujos serviços atendem somente  a população local, não polarizam nenhum outro município , só são polarizados. É importante destacar que o mapa mostra as regiões de influência econômica das cidades sem se preocupar com a classificação das regiões metropolitanas legalmente reconhecidas. Ele é importante para os governos (federal, estaduais e municipais) e a iniciativa privada planejarem a distribuição espacial dos serviços oferecidos à população.


Desenrolar da Guerra



Ocorre que , na época , os Estados componentes do Sacro Império ainda guardavam fortes heranças feudais. Nesse período, nenhum príncipe , nem eleitores , nem o imperador possuíam exércitos permanentes e disciplinados. Os combatentes utilizavam-se tropas mercenárias recrutadas por autênticos empresários de guerra , que alugavam seus serviços a quem pagasse melhor  . Esses exércitos eram formados por pessoas da pior espécie , muitas vezes criminosos. Os mercenários arrasavam as regiões onde acampavam e combatiam. No início , as operações eram mais favoráveis ao imperador e ao partido católico. Os austríacos contavam com dois notáveis chefes militares ao seu lado, Tilly e Waldstein , que foi o mais brilhante general da primeira fase da guerra. Contando com o apoio dos Habsburgos , da Espanha , cujo exército era, ainda , um dos melhores da Europa , o imperador Frederico II (que sucedera Matias I) conseguiu submeter os tchecos , reconquistando a Boêmia. Os protestantes ficaram, assim , em minoria no Colégio Eleitoral , contando com apenas dois representantes em sete. O rei da Dinamarca , protestante , temendo a expansão austríaca , resolveu interferir no conflito , mas suas tropas sofreram um revés (1629). Em 1631, a cidade de Magdeburgo é saqueada pelos católicos , o que provocaria a entrada de Gustavo Adolfo , da Suécia , na guerra. Contando com moderno e eficiente exército e dotado de notável talento militar , o rei sueco mudou o curso dos acontecimentos. Os católicos foram derrotados em várias oportunidades e perderam a vontade de agir . Em 1634 , morreu em combate o rei Gustavo Adolfo , fazendo com que estancasse o ímpeto da ofensiva germânica , mas mesmo assim não acabou a guerra. A França , apesar de católica , procurava influir secretamente para a derrotar do império austríaco. Entrou na guerra em 1635 . A intervenção foi de início infeliz , pois os espanhóis conseguiram penetrar em território francês através dos Pireneus e dos Países Baixos , chegando a ameaçar Paris. A França conseguiu se recuperar graças à ação de Condé e Turenne. A Germânia, cansada , desgastada de tantas lutas , começou negociações em 1644. Em 1648 foi celebrada a Paz de Westfália. A guerra entre franceses e espanhóis continuou , porém , até 1659.


Experiência de Mendel


Após estudar uma característica de cada vez (monoibridismo), Mendel passou a se preocupar com o comportamento de duas características, uma em relação à outra, no mesmo cruzamento. Por exemplo, como seriam os descendentes de um indivíduo de semente amarela e lisa com outro de semente verde e rugosa? O que ocorreria se realizasse a autofecundação de um híbrido para essas duas características? Ao analisar cruzamentos que envolviam dois tipos de características (di-hibridismo), Mendel descobriu mais uma lei da Genética. Mendel cruzou ervilhas puras para semente amarela e para superfície lisa (caracteres dominantes) com ervilhas de semente verde e superfície rugosa (caracteres recessivos). Constatou que F1, era totalmente constituída por indivíduos com sementes amarelas e lisas , o que era esperado, uma vez que esses caracteres são dominantes e os pais eram puros. Ao provocar a autofecundação de um indivíduo F1 , observou que a geração F2 era composta de quatro tipos de semente: amarela e lisa, 9/15 ; amarela e rugosa , 3/16; verde e lisa, 3/16; verde e rugosa , 1/16.  Os fenótipos " amarela e lisa" e "verde e rugosa" já eram conhecidos , mas os tipos "amarela e rugosa" e "verde e lisa" não estavam presentes na geração paterna nem na F1. O aparecimento desses fenótipos de recombinação de caracteres paternos e maternos permitiu a Mendel concluir que a herança da cor era independente da herança da  superfície da semente . O par de fatores para cor se distribuía entre os filhos sem influir na distribuição do par de fatores para superfície. Essa é a segunda lei de Mendel, também chamada de lei da recombinação ou lei da segregação independente , e pode ser assim enunciada: " Em um cruzamento em que estejam envolvidos dois ou mais caracteres , os fatores que determinam cada um se separam (se segregam) de forma independente durante a formação dos gametas , se recombinam ao acaso e formam todas as combinações possíveis".


Aspectos Citológicos da Fecundação


O encontro dos espermatozoides com o óvulo pode ocorrer na água (fecundação externa) ou no interior do organismo da fêmea (fecundação interna). Mas, na realidade , a fecundação só ocorre quando um espermatozoide penetra no interior do óvulo , atravessando-lhe a membrana vitelina. A partir daí , há a fusão dos núcleos de ambos os gametas. Em animas de fecundação externa, os espermatozoides são atraídos pelo óvulo graças a substâncias eliminadas por este último , num fenômeno de quimiotactismo positivo. Gamonas, fertilizinas e antifertilizinas são nomes que se atribuem a supostas substâncias que agem neste mecanismo. Nos animais vivíparos , nos quais se observa a fecundação interna, os espermatozoides lançados no interior da vagina sobem à procura do óvulo em função da sua grande atividade flagelar e da circunstância de estarem num conduto que não lhes oferece outras opções de direção. Na espécie humana, por exemplo, é facilmente comprovável a inexistência de qualquer quimiotactismo , uma vez que os gametas masculinos sobem por ambas as trompas em igual número , ainda que possa ocorrer um óvulo livre em uma delas apenas (às vezes nem mesmo houve ovulação) . Entretanto , parece bem provável que existam substâncias na membrana do gameta feminino que facilitam a imediata aderência do microgameta (gameta masculino) ao menor toque deste na superfície daquele . Na fecundação humana, observamos alguns aspectos interessantes para comentar. Por que tão elevado número de espermatozoides numa ejaculação (de 200 milhões a 300 milhões ) se apenas um único deverá fecundar o óvulo? O esperma é depositado na vagina, cujo PH é ácido. Numerosos espermatozoides morrem ainda na vagina em consequência da acidez do meio. Muitos , contudo, penetram o colo do útero . Mas , neste , há sempre uma secreção viscosa - o muco cervical -, que retém outro grande número de microgametas. Os espermatozoides que vencem essa segunda barreira caminham pela mucosa franjada do útero ( o que torna o caminho muito mais longo) até encontrarem as entradas das trompas de Falópio. O número deles é consideravelmente menor. Agora, eles deverão subir pelas trompas , dividindo o contingente restante em dois grupamentos menores. Cada grupo deverá enfrentar o peristaltismo e o movimento ciliar metacrônico de cima para baixo , que caracterizam as trompas ou ovidutos. Será um heróico  "nadar contra a maré montante". Um grupo bem pequeno daqueles minúsculos nadadores conseguirá chegar ao macrogameta (óvulo). E quando isso acontecer , eles terão a surpresa de encontrá-lo rodeado pela corona radiata . Será preciso que se desfaça a corona radiata a fim de que a membrana vitelina do óvulo se exponha à penetração. Então, aqueles que conseguiram rodear o gameta feminino passam a liberar a hialuronidase, enzima acumulada no acrossomo e destinada a esse fim. Essa enzima faz a hidrólise do ácido hialurônico, substância que age como uma "cola ", ligando as células da corona radiata . Assim, a corona radiata se desfaz e o óvulo fica desnudo. Se o número inicial de espermatozóides não fosse tão grande , certamente todos esses obstáculos descritos seriam suficientes para impedir a chegada de qualquer gameta masculino ao óvulo. O primeiro espermatozoide que toca a superfície do óvulo adere a ela e é imediatamente "sugado" para o interior da grande célula. Ele pode entrar com seu flagelo ou desprendê-lo antes. Na primeira condição , a sua cauda será destruída e eliminada posteriormente . O importante , entretanto, é que , logo após a entrada do gameta masculino , o óvulo que ainda é um oócito secundário, não se esqueça disso!) sofre certa perda de substância , diminuindo de volume . Sua membrana envoltora se enruga, desgrudando-se da zona de pelúcida e aumentando o espaço entre ambas - o espaço perivitelino. A membrana ovular assim modificada recebe o nome de membrana de fecundação , e é o que impede a entrada de outros espermatozóides. A penetração de um único espermatozóide no óvulo caracteriza a monospermia. Mas existem casos em que dois ou mais espermatozóides penetram a um só tempo no óvulo. Isso constitui a polispermia. Em tal circunstância, apenas o núcleo de um deles vai juntar-se ao do óvulo. Os demais vão degenerar e desaparecer . Veja bem : a polispermia nada tem a ver com a formação de gêmeos , o que erá estudado mais adiante. Já no interior do oócito secundário (que , impropriamente , vinhamos chamando de óvulo , porque está generalizada essa forma de referência ao macrogameta imaturo) , o espermatozóide solta a sua cauda; o seu núcleo cresce transformando-se num pronúcleo masculino, e entre os seus centríolos forma-se um fuso mitótico que passa a orientar o pronúcleo masculino para o encontro com o núcleo feminino. A essa altura , o oócito secundário já desprendeu o 2ª glóbulo polar e se tornou efetivamente um óvulo. O seu núcleo é , então, chamado pronúcleo feminino. os pronúcleos masculinos e feminino ambos haplóide) juntam-se formando um núcleo único diplóide . Esse fenômeno , etapa final da fecundação , é a anfimixia. A nova célula formada , de constituição diplóide , é a célula-ovo ou zigoto . Assim, está terminada a fecundação . Habitualmente , a fecundação ocorre , na espécie humana , ao nível do terço externo de uma as trompas de Falópio . Mas pode ocorrer em outros sítios da trompa ou até mesmo na superfície do ovário , imediatamente após a ovulação. Quando ocorre a fecundação , o zigoto se segmenta em numerosas células formando um ovo, que desce até o útero , em cuja e implanta. Quando não há a fecundação , o óvulo resiste de 48 a 72 horas e , depois , degenera e e desintegra. Quando a menstruação aparece, muitos dias depois , já não há mais qualquer vestígio do óvulo.


Pleiotropia - Um outro olhar



Pleiotropia é a capacidade que tem um único par de alelos de produzir diversos efeitos fenotípicos simultâneos no mesmo indivíduo. Você pode observar facilmente que todos os camundongos brancos são extremamente dóceis e , ao contrário, todos os camundongos cinzentos são ariscos e indomesticáveis. Não existe exceção a essa regra. A explicação está no fato de que o mesmo par de alelos que responde pela cor da pelagem nesses animais também responde pelo grau de agressividade dos mesmos. Esse fenômeno foi observado inicialmente em ratos. Verificou-se que, entre eles , nasciam ocasionalmente indivíduos portadores de numerosas deformidades (traquéia estreita, costelas defeituosas , pulmões com pouca elasticidade, coração aumentado de volume , narinas imperduradas, focinho achatado etc.) . As experiências de cruzamento os mesmos resultados, mostrando tratar-se de herança por gene recessivo. Como o cortejo de características era indissociável, ocasionando a manifestação de um "tudo ou nada" , concluiu-se que havia a atuação de único par de genes , cuja função certamente inibiria alguma reação inicial. A partir dessa reação , outras reações ficariam impedidas de acontecer, justificando o conjunto de anomalias. Nas ervilhas , o mesmo par de genes que determina a manifestação de flores brancas também condiciona o aparecimento de um envoltório branco nas sementes. Na espécie humana , constituem exemplos de pleiotropia a síndrome de Laurene-Moon Biedl (obesidade , demência a hipoplasia genital por ação de um único par de alelos) e a síndrome de Marfan (Aracnodactilia , defeitos cardíacos e oculares , também por ação de um único par de genes). Em ratos , um gene pleiotrópico determina a cor da pelagem (com dominância para amarelo) e a letalidade (recessivo , só tendo expressividade em homozigose). É possível que muitos casos de aborto na espécie humana sejam explicados pela atuação de genes letais , como no caso dos ratos. O gene pleiotrópico pode "estimular" ou "impedir" a ocorrência de alguma reação inicial a partir da qual outras reações se desencadeiam ou fica impossibilitadas de acontecer.


A Sociedade Disciplinar E A Sociedade de Controle


 Até aqui vimos análises sobre o poder e a política que privilegiam suas relações com o Estado. Mas existem pensadores que analisam a questão do poder e da política de modo diferente: não dão primazia às relações com o Estado, mas a elementos que estão presentes em todos os momentos de nossa vida. Entre eles, destacamos os franceses Michel Foucault (1926-1984) e Gilles Deleuze (1925-1995). Foucault se propôs analisar a sociedade com base na disciplina no cotidiano. Para ele , todas as instituições procuram disciplinar os indivíduos desde que nascem. Assim acontece na família , na escola , nos quartéis , nos hospitais , nas prisões , etc., pois o fundamental é distribuir , vigiar e adestrar os indivíduos em espaços determinados. Diz ele que, além dos aspectos institucionais ou até jurídicos dessas instituições, esse poder desenvolve-se por meio de gestos, atitudes e saberes. É o que chama de "arte de governar" , entendida como a racionalidade política que determina a forma de gestão das condutas dos indivíduos de uma sociedade. Nesse sentido , em seu livro "Microfísica do Poder", ele afirma : " nada é político, tudo é politizável, tudo pode tornar-se político". Seguindo as pistas de Foucault, Deleuze declara que vivemos ainda numa sociedade disciplinar , mas já estamos percebendo a emergência de uma sociedade de controle. A sociedade disciplinar é a que conhecemos desde o século XVIII. Ela procura organizar grandes meios de confinamento : a família , a escola , a fábrica , o exército e , em alguns casos , o hospital e a prisão. O indivíduo passa de um espaço fechado para outro e não para de recomeçar , pois em cada instituição deve aprender alguma coisa, principalmente a disciplina específica do lugar. Na sociedade disciplinar , a fábrica , por exemplo, é um espaço fixo e confinado onde se produzem bens. A fábrica concebe os indivíduos como um só corpo , com a dupla vantagem de facilitar a vigilância por parte dos patrões , que controlam cada elemento na massa, e de facilitar a tarefa dos sindicatos , que mobilizam uma massa de resistência. O que nos identifica , na escola no exército , no hospital , na prisão ou nos bancos , é a assinatura e o número na carteira de identidade e na carteira profissional, além de diversos outros documentos. A sociedade de controle está aparecendo lentamente , e alguns de seus indícios já são perceptíveis . Ela é como uma "prisão ao ar livre", na expressão do filósofo e sociólogo alemão Theodor Adorno . Os métodos de controle utilizados são de curto prazo e de rotação rápida , mas contínuos e eliminados. São permanentes e de comunicação instantânea . Como não têm um espaço definido , podem ser exercidos em qualquer lugar. Exemplos de modos de controlar as pessoas constantemente são as avaliações permanentes e a formação continuada. Outra forma de controle contínuo são os "conselhos" a respeito da saúde que estão presentes em todas as publicações , na televisão e na internet: " Não coma isso porque pode engordar ou aumentar o nível de colesterol ruim. Faça exercícios pela manhã ou pela tarde , desta ou daquela maneira , para ter uma vida mais saudável. Tome tal remédio para isso, ms não tome para aquilo". Os controles nos alcançam em todos os momentos e lugares. Não há possibilidade de fuga. Se na sociedade disciplinar o elemento central de produção é a fabricação , na de controle é a empresa , algo mais fluido. Se a fábrica já conhecia o sistema de prêmios , a empresa o aperfeiçoou como uma modulação para cada salário , instaurando um estado de eterna instabilidade e desafios. Se a linha de produção é o coração da fábrica , o serviço de vendas é a alma da empresa. O marketing é agora o instrumento de controle social por excelência - possui natureza de curto prazo e rotação rápida , mas também contínuo e ilimitado , ao passo que a disciplina é de longa duração, infinita e descontínua. O lugar do marketing em nossa sociedade é evidente , uma vez que somos todos vistos como consumidores. O convencimento é ao mesmo tampo externo (pela recepção da mensagem) e interno (pela própria natureza do convencimento). Ao ser interiorizada , a coerção afinal aparece como um imperativo. Se tudo pode ser comprado e vendido , por que não as consciências , os votos e outras coisas mais? A corrupção em todos os níveis ganhou nova potência. O que nos identifica cada vez mais é a senha. Cada um de nós é apenas um número , parte de um banco de dados de amostragem. A quantidade de senhas de que necessitamos para nos relacionar virtualmente com as pessoas ou com instituições é enorme e , sem elas , ficamos isolados. Se na sociedade disciplinar há sempre um indivíduo vigiando os outros em várias direções num lugar confinado, na sociedade de controle todos olham para o mesmo lugar. A televisão é um bom exemplo disso, pois milhares de pessoas estão sempre diante do aparelho. Na final do campeonato mundial de futebol em 2006, cerca de um bilhão e meio de pessoas estavam conectadas ao jogo.


É Possível Uma Televisão Diferente?



Embora a programação e os comerciais da televisão brasileira influenciem os hábitos e costumes da população, favorecendo uma homogeneização de comportamentos , não se pode pensar que os indivíduos sejam receptores passivos que gravam as mensagens e passam automaticamente a repeti-las. Há sempre uma (re) elaboração do que se vê e escuta , além de muitos outros elementos que influenciam o comportamento e a opinião pública. Se não fosse assim, o regime militar instalado em 1964 teria total aceitação da população brasileira e até poderia ter sobrevivido ao fim do milagre econômico, pois os meios de comunicação , em especial a televisão, com seus programas e noticiários , eram plenamente favoráveis a ele, principalmente a Rede Globo, emissora que detinha na época (e detém até hoje) a maior audiência nacional. O filósofo brasileiro Renato Janine Ribeiro, em seu livro "O Afeto Autoritário : Televisão , Ética e Democracia", analisa a televisão brasileira de um ângulo muito interessante. Deve-se levar em conta , diz ele , a importância que a televisão tem no Brasil, pois ela dá para a sociedade uma pauta de conversa. Basta ouvir o que as pessoas estão falando numa segunda-feira para saber o que foi ao ar nos principais programas dominicais. Se você não viu nenhum, é bem possível que nada tenha para dizer. A televisão também desempenha um papel na reflexão do Brasil atual, principalmente por meio das telenovelas , que levam para  milhões de telespectadores algumas questões pouco discutidas ou até silenciadas - como o homossexualismo , por exemplo, que de "assunto proibido" tornou-se objeto de ampla discussão por ter sido abordado em novelas. Outros temas, como os direitos da mulher , o preconceito racial, a violência e os direitos dos portadores de necessidades especiais , tornam-se objetos de discussão pela população porque as telenovelas os colocam em pauta . Pode-se dizer que as discussões são superficiais e não levam a uma crítica mais ampla da sociedade; entretanto, elas são importantes pelo simples fato de trazerem à luz aqueles temas , pois é melhor falar sobre eles do que ficar em silêncio. Janine Ribeiro deixa claro , também , que há alguns assuntos que as novelas não discutem , como as questões sociais, a desigualdade de classes e o autoritarismo do patrão sobre o empregado. São problemas que ainda não conseguimos resolver nem discutir , e não interessa às empresas de comunicação que isso seja feito. Como as relações de desigualdade estão internalizadas no imaginário popular , os espectadores , que muitas vezes agem da mesma forma , passam até achar agradáveis e positivas as personagens autoritárias e despóticas , tomando a afirmação da desigualdade como algo natural. Isso fica evidenciado de modo muito claro quando se trata de relações entre patrão e empregado. E qual seria a alternativa para melhorar pelo menos um pouco a programação da televisão? Uma possibilidade estaria na criação de mecanismos de democratização dos meios de comunização , de modo que não houvesse uma concentração tão grande nas mãos de poucos. No caso da televisão , um dos caminhos seria a concessão de canais para centrais sindicais, Organizações Não Governamentais (ONGs) e outras instituições de caráter público que pudessem  transmitir informação e cultura, pulverizando as transmissões no Brasil. Quanto aos excessos da programação- de sensacionalismo, de informações tendenciosas , de baixa qualidade dos programas , de manipulação do público , de violência - , muitos pensam que a solução seja a censura. Mas quem define o que é excesso ? A história tem comprovado que censurar não é o caminho. Para Janine Ribeiro, o essencial é a formação de um público crítico. E a própria televisão pode colaborar nesse sentido, como ele destaca no trecho de seu livro.


Revolução Mexicana



Começou em 1910 e foi uma resposta dos explorados no campo e nas cidades a uma situação insustentável de desigualdade e de exploração. Terminou em 1917, com a promulgação de uma nova constituição para o México.  O primeiro objetivo dessa luta era a derrubada de Profírio Díaz , que estava no poder havia 20 anos e tinha o apoio dos Estados Unidos e de grandes industriais e proprietários de terras , nacionais e estrangeiros. Três grandes grupos , representando classes sociais diferentes , participaram do movimento : o dos camponeses , que eram a maioria (seus líderes mais conhecidos foram Pancho Villa no norte e Emiliano Zapata no sul), o dos trabalhadores urbanos organizados em torno da Casa del Obrero Mundial (COM) , de orientação inicialmente anarquista , e o da burguesia urbana e rural , liderada , quando a revolução eclodiu , por Francisco Madero , que não aceitava as ações de Porfírio Díaz e queria sua deposição. Em maio de 1911, depois de vários levantes armados , Porfírio Díaz foi deposto. Assim , o primeiro objetivo foi alcançado , mas , como as três forças revolucionários tinham interesses e projetos distintos , o processo continuou. Havia no México uma grande desigualdade social : 1% da população possuía 97% das terras , o que gerava uma situação de exploração e miséria muito grande. Isso levou os camponeses a exigir o fim dessa concentração e uma redistribuição das terras. A burguesia dissidente exigia que fossem definidas regras claras sobre as eleições para que se implantasse uma democracia de tipo liberal. Os trabalhadores urbanos , por sua vez , que não tinham nenhum direito nem liberdade de expressão e reunião , exigiam direitos garantidos pela constituição. Assim, a burguesia dissidente ora fazia acordos com os trabalhadores e alguns setores camponeses, ora com outros ,e procurava sempre se manter ativa no movimento para não perder sua posição no processo revolucionário. Nessas idas e vindas , os camponeses passavam de rebeldes perseguidos a aliados; os trabalhadores , em algumas ocasiões, faziam greves e eram considerados fora da lei, mas em outras eram aliados. Enfim, a situação era de confusão, e Madero , não conseguindo manter-se como líder , foi preso e assassinado.  Quem tomou o lugar de Madero foi Victoriano Huerta , que era poiado pelo capital estrangeiro e por grandes proprietários de terras , banqueiros , industriais e comerciantes, além do claro e do Exército Federal. Ficaram de fora apenas os camponeses , operários e Venustiano Carranza, governador do estado de Coahuila , os quais , juntos , conseguiram formar uma grande exército que lutava para que se mantivesse o poder legítimo e pela queda de Huerta , o que aconteceu em julho de 1914. Mas as divisões continuaram. Em dezembro de 1914, Villa e Zapata se uniram contra Carranza , pois este não apresentava nenhuma proposta de melhora de vida para os camponeses. Entretanto, Carranza se aproximou dos operários e até os armou (formando os "batalhões vermelhos") para combater Villa e Zapata . Além disso , articulou um novo exército com o apoio dos Estados Unidos. Assim, pouco a pouco , foram vencidos os camponeses , e Villa e Zapata perderam toda a capacidade de pressionar o novo governo. Após  derrotar os camponeses e se instalar no poder, Carranza tinha de desarmar os "batalhões vermelhos" formados pelos operários. Isso aconteceu por meio da desmobilização dos batalhões , da prisão dos principais líderes operários e do fechamento da COM, além de um decreto segundo o qual seria punida com a morte qualquer tentativa de greve. Controlada toda a oposição , Carranza convocou uma nova Constituinte , o que ocorreu sem a presença dos oposicionistas . Mesmo assim houve um pequeno avanço na Constituição. A nova carta estabeleceu a separação efetiva da Igreja e do Estado, o casamento passou a ser um ato civil e a educação tornou-se prerrogativa do Estado, cabendo a este a definição e a fiscalização do ensino em todos os níveis. Aos trabalhadores garantiu-se uma série de novos direitos , como jornada máxima de oito horas, regulamentação do trabalho da mulher e de menores , do trabalho noturno, do repouso semanal , das férias e das horas extras. Além disso, foram regulamentados a liberdade de organização sindical e o direito à greve , entre outros direitos . Pode-se dizer que a classe operária foi a que mais se beneficiou desse processo. Os camponeses tiveram várias reivindicações atendidas, mas todas sob o controle do Estado. As grandes propriedades , principalmente as da Igreja , puderam ser expropriadas e repartidas. Possibilitou-se a manutenção das terras comunais na forma de cooperativa , mas a reforma agrária (divisão dos latifúndios) propriamente dita não foi realizada e a restituição das terras usurpadas não foi efetivada. Assim os camponeses pouco tiveram a comemorar. Novamente a burguesia industrial , os banqueiros , os grandes comerciantes e proprietários de terras conseguiram , em nome da "revolução mexicana", manter-se no poder.



Estrutura e Estratificação Social


O que é uma estrutura social? Diríamos que uma estrutura social é o que define determinada sociedade. Ela constitui da relação entre os vários fatores - econômicos, políticos , históricos , sociais , religiosos , culturais - que dão uma feição para cada sociedade. Uma das características da estrutura de uma sociedade é sua estratificação, ou seja, a maneira como os diferentes indivíduos e grupos são classificados em estratos (camadas) sociais e o modo como ocorre a mobilidade de um nível para outro. A questão da estratificação social foi analisada pelo sociólogo brasileiro Octávio Ianni, em diferentes sociedades , com base , fundamentalmente , na forma como os indivíduos organizam a produção econômica e o poder político. Para estudar a estratificação em cada sociedade é necessário que se verifique "como se organizam na introdução ao livro 'Teorias da estratificação social'. Entretanto, essas estruturas são atravessadas por outros elementos - como a religião, a etnia, o sexo, a tradição e a cultura-, que, de uma forma ou de outra , influem no processo de divisão social do trabalho e no processo de hierarquização. A estratificação social e as desigualdades decorrentes são produzidas historicamente, ou seja, são geradas por situações diversas e se expressam na organização das sociedades em sistemas de castas, de estamentos ou de classes. Cada caso precisa ser analisado como uma configuração histórica particular. Iremos examinar os sistemas de castas e de estamentos e trataremos do sistema de classes , característico da sociedade capitalista.


Diplomonadidas e Parabasálias



Na linhagem dos organismos heterótrofos resultantes apenas da endossimbiose que originou as mitocôndrias , houve em alguns grupos modificações nessas organelas e elas deixaram de realizar a respiração. Foi o que ocorreu nos diplomo-nadidas e parabasálias. Nesses grupos , há dois tipos de organelas derivadas de mitocôndrias : os hidrogenossomos e os mitossomos. Essas organelas são delimitadas por membrana dupla , assim como as mitocôndrias , mas não possuem DNA. São pequenas e só recentemente foram reconhecidas e estudadas , havendo muitas dúvidas sobre o papel delas nas células. O que se sabe por enquanto é que hidrogenossomos geram ATP de forma anaeróbia a partir do piruvato e liberam gás hidrogênio, por isso o nome , e que mitossomas são capazes de realizar a maturação de proteínas que contém ferro e enxofre , e de produzir quantidade de ATP. Os diplomonadidas possuem mitossomos , e o exemplo mais importante para a saúde humana é a Giardia Intestinales , parasita intestinal responsável pela giardíase. Essa doença afeta principalmente o intestino delgado , provocando diarreia e dores abdominais. A transmissão é feita pela ingestão de alimentos ou água contaminados com cistos de giárdia. Como medidas profiláticas , estão o saneamento básico , lavar frutas e verduras antes de ingerir e beber água tratada. Os parabasálias possuem hidrogenossomos e os exemplos mais importantes  dentro desse grupo são:

-Triconinfas (Trichonympha) , que vivem em mutualismo no intestino de insetos comedores de madeira , como é o caso dos cupins ; esses protistas locomovem-se por meio de muitos flagelos e fagocitam os fragmentos de madeira ingeridos pelo inseto ; digerem a celulose graças a bactérias simbiontes que vivem em seu citoplasma. 
-Trichomonas Vaginalis , que causa a tricomoníase , doença sexualmente transmissível de ampla ocorrência , afetando cerca de 170 milhões de pessoas no mundo. Além do contato sexual, a transmissão pode ocorrer pelo uso de sanitários e banheiras sem condições de higiene ; e pelo uso de toalhas úmidas contaminadas por tricomonas .    Afeta o sistema genital; nos homens causa infecções uretais e nas mulheres , infecções vaginais. As medidas profiláticas para evitar a tricomoníase são : usar camisinha nas relações sexuais, evitar banheiros sem condições de higiene , não usar toalhas de outras pessoas se não estiverem adequadamente levadas.


Aplicações da Engenharia Genética: Clonagem do DNA e Construção do DNA Recombinante


Para formar um DNA recombinante , usamos enzimas de restrição para cortar pontos específicos no DNA de um organismo e transplantar o pedaço cortado para outro organismo diferente. Esse organismo passa a fazer várias cópias idênticas do DNA estranho. As bactérias possuem , além do DNA principal, um pequeno DNA circular , chamado de plasmídeo, no qual estão , com frequência , genes que dão a elas resistência a antibióticos. No processo para formar um DNA recombinante , é comum utilizarmos o plasmídeo. Ele tem apenas uma cópia para cada tipo de sequência de reconhecimento da enzima de restrição, ele não se fragmenta, apenas abre o anel de DNA onde está a sequência de reconhecimento. Isso permite que, nesse local, se introduza um fragmento de DNA de outra espécie , mantendo a integridade do plasmídeo. Esse fragmento de DNA estranho, que pode ser de uma célula humana e responsável por determinada proteína , deve ser obtido com a mesma enzima de restrição, pois , assim , suas extremidades serão complementares às do plasmídeo cortado. Depois que recebe o fragmento de DNA humano, o plasmídeo torna-se um DNA recombinante , isto é , uma molécula formada pela união de duas ou mais moléculas de DNA não encontradas juntas na natureza , e é introduzido na bactéria , que passa a produzir , por exemplo, uma proteína humana. Quando a bactéria se reproduz , o DNA recombinante também se replica e passa para as novas bactérias. Esse processo de produção de cópias idênticas de DNA é chamado clonagem de DNA , Clonagem molecular ou clonagem gênica. O resultado é a formação de uma colônia de bactérias capazes de sintetizar substâncias úteis ao ser humano. Como é relativamente simples manter a bactéria se reproduzindo em laboratório , é possível produzir essas substâncias em escala comercial. Um exemplo é a produção de insulina , hormônio secretado pelo pâncreas que controla a utilização de glicose pela célula. Os indivíduos portadores de diabete tipo I não produzem esse hormônio e , por isso , apresentam deficiência na utilização da glicose , com sérias consequências para a saúde. Antes da engenharia genética , a insulina utilizada pelos diabéticos era de origem suína e bovina , mas uma desvantagem desse processo é o tempo para produção e purificação do hormônio, pois eram necessárias toneladas de pâncreas de porcos e bois para garantir a produção dessa substância para uso comercial. Além disso, como não é exatamente igual ao humano, ele pode provocar reação alérgica em alguns pacientes. Além da insulina , são produzidos hormônios, como o hormônio do crescimento , a eritropoetina (que estimula a produção de glóbulos vermelhos), diversos tipos de vacina , como a contra a hepatite B, o interferon, que combate infecções virais, e outros medicamentos e fatores coagulantes para pessoas portadoras de hemofilia , doença genética em que faltam fatores que atuam na coagulação do sangue. Esses fatores podem ser obtidos do plasma , mas , além de serem um recurso limitado, têm de passar por processos para eliminar possíveis vírus. Os fatores obtidos por engenharia genética estão livres da contaminação por vírus que podem estar presentes no plasma humano. Organismos nos quais se tenha introduzido DNA de outra espécie ou DNA modificado da mesma espécie são chamados organismos geneticamente modificados (OGM) ou transgênicos. As bactérias com o DNA recombinante são um exemplo de transgênicos. Hoje em dia, além de bactérias, há também muitos animais e plantas transgênicos. Em alguns casos, os vírus são usados como vetores , visto que penetram na célula hospedeira com facilidade. Há várias técnicas para se introduzir um gene em uma célula: ela pode ser infectada com vírus que levam o gene em questão; com micropipetas que perfuram a membrana e injetam o gene na célula; com uma espécie de "canhão" de genes que atira partículas microscópicas de ouro ou tungstênio com moléculas de DNA aderidas à superfície dessas partículas (técnica conhecida como biobalística); com auxílio da Agrobacterium Tumefaciens, bactéria que tem capacidade natural de transferir parte de seu material genético para o genoma de algumas plantas. Pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo, introduziram um gene de ervilha em células e eucalipto e criaram um eucalipto transgênico , para que a nova planta produza mais biomassa e , portanto, mais celulose.


O Controle Genético


 O corpo humano , como o dos demais organismos pluricelulares , acha-se formado por grande número de células, cada uma delas provida do mesmo complemento de cromossomos e , consequentemente , de genes encontrados em todas as outras células do mesmo organismo. Não obstante, as proteínas produzidas por estas células são, frequentemente, muito diversas. As células do lobo anterior da hipófise produzem o FSH e o LH (hormônios conhecidos como gonadotropinas); as células alfa das ilhotas de Langerhans (no pâncreas) elaboram o glucagon , enquanto no mesmo órgão as células beta , ainda nas ilhotas de Langerhans , produzem a insulina; as células da linhagem vermelha nos órgãos hemotopoéticos (as que vão originar as hemácias ) produzem a hemoglobina, enquanto as que vão originar leucócitos não a produzem. A produção de outras substâncias, como  a melanina , o colágeno ou fibrinogênio , que ocorre em células de um determinado tecido, num certo ponto do corpo, não ocorre em células de outros tecidos , em outros pontos do corpo. É evidente que nem todos os genes estão atuando em todos os momentos em todas as células do corpo. Em cada tecido ou em cada região do corpo , as células têm grupos de genes atuantes e grupos de genes em "recesso" (não operantes). O mecanismo que dirige a ação dos genes e permite que alguns atuem enquanto outros se mantêm inativos se relaciona estreitamente com os problemas da diferenciação celular e com o desenvolvimento. Os genes descritos nas lições desta página , quando estudamos Genética, são os que atuam como modelos para a formação dos RNAm e são, através da "transcrição" e da "tradução" do código genético , os responsáveis pela formação de polipeptídeos. Habitualmente , as proteínas assim formadas são enzimas de cuja ação resultarão as manifestações fenotípicas dos caracteres hereditários considerados. Os genes que se comportam segundo esse modelo são denominados genes estruturais.  O fato de que todos os genes estruturais não funcionam de modo contínuo supõe a existência de mecanismos reguladores. Admite-se que existem , pelo menos , dois tipos de genes não estruturais que devem controlar a ação dos genes estruturais (Jacob e Monod , 1965) - os genes operadores e os genes reguladores. Sabe-se , também, que substâncias produzidas pela célula , pela atividade de outros genes , ou vindas do exterior, podem inibir ou incentivar a ação de determinado gene. Assim, um gene operador deve ter por função estimular e controlar a intensidade de funcionamento do seu gene estrutural. Ao conjunto do gene estrutural com o seu respectivo operador dá-se o nome de óperon. Cada gene operador só age sobre o gene estrutural que lhe está próximo , no mesmo cromossomo, não tendo nenhuma participação sobre o seu alelo , no cromossomo homólogo.  O gene operador é controlado, por sua vez , por uma substância - o repressor-, provavelmente uma proteína , cuja produção é determinada pelo gene regulador. Segundo Jacob e Monod, o gene regulador  induz a produção do repressor, que bloqueia o gene operador. Assim, óperon fica bloqueado e o caráter não se manifesta. Logo , o gene regulador de modo negativo. Mas ele também pode ser inibido. Quando isso ocorre, o gene operador fica livre para agir sobre o seu respectivo gene estrutural. Nessa circunstância , este último passa a transcrever o seu código genético para moléculas de RNA-mensageiro, cuja tradução no citoplasma levará à síntese de proteínas que responderão pela manifestação do caráter em foco.


Reprodução Sexuada


O que caracteriza essencialmente a reprodução sexuada é a sua ocorrência à custa de células essencialmente formadas para a finalidade reprodutiva, chamadas gametas . Essas células são produzidas por órgãos apropriados conhecidos como gônadas. A castração do indivíduo , isto é , a extirpação das duas gônadas, torna-o incapaz definitivamente para a reprodução sexuada. As gônadas masculinas são chamadas testículos. Nas fêmeas, gônadas são chamadas ovários.  Nós veremos a seguir que, em certos casos , pode haver o desenvolvimento de um novo indivíduo a partir de um único gameta . Nesses casos , não há fecundação, isto é , a união de um gameta masculino com um feminino. Mas a regra geral nos processos sexuados de reprodução é  a união de dois gametas de sexos opostos. A reprodução sexuada veio constituir um avanço ou aperfeiçoamento funcional no mecanismo da evolução das espécies. Na formação dos gametas ocorre , quase sempre, uma meiose . Durante há crossing-over ou entre-lançamento de cromossomos um permuta de genes. Disso resulta uma recombinação gênica nos gametas . Como se isso não fosse suficiente , há ainda a fusão dos gametas sexualmente opostos, cada um deles trazendo uma "programação genética" especial. Ao fim desta sequência de fatos, o novo indivíduo que se vai formar possuirá uma combinação de genes bem peculiar e que dificilmente se repetirá , em sua totalidade , em outro indivíduo da mesma espécie. Daí  podermos concluir que, numa dada espécie , os indivíduos não são geneticamente iguai. Há uma extraordinária recombinação nos caracteres dos mais diversos indivíduos de uma dada população. Isso caracteriza a variabilidade das espécies de reprodução sexuada , o que não ocorre com as espécies de reprodução assexuada. Na reprodução sexuada , por formar indivíduos geneticamente diferentes , oferece uma condição de maior estabilidade para as espécies. Imagine um fator prejudicial ou de destruição (um vírus , por exemplo) que ataque uma população de indivíduos geneticamente iguais (decorrentes de reprodução assexuada) a todos sensíveis à ação desse fator destrutivo. Toda a população de indivíduos geneticamente diferentes , o ataque por um fator de destruição certamente não matará todos os indivíduos. Sempre existirão alguns mais resistentes que não serão atingidos e , sobreviventes , atuarão como perpetuadores da espécie.


A Respiração Nos Vegetais


Tal como os animais , os vegetais são também seres vivos. Por essa razão , também respiram. Uma planta absorve constantemente oxigênio do ar e elimina dióxido de carbono , ainda que durante o dia esse fenômeno não seja facilmente identificável , pois , em presença da luz, as plantas realizam a fotossíntese, que "encobre" a respiração. Você deve lembrar-se que, durante a fotossíntese , o vegetal absorve dióxido de carbono e elimina oxigênio (exatamente o contrário da respiração). No correr do dia, observamos nas plantas a ocorrência dos dois fenômenos opostos ao mesmo tempo. Mas a fotossíntese é mais intensa do que a respiração. No escuro , a respiração fica mais notável. Para demonstrar a respiração nos vegetais , podemos preparar a seguinte experiência:

1-Tomamos duas campânulas de vidro de igual tamanho; Debaixo de cada uma , colocamos um pequeno recipiente (cuba) contendo água de cal, isto é , uma solução aquosa de Ca (OH)2 (Hidróxido de Cálcio); 3- Debaixo de apenas uma das campânulas , colocamos um vaso com material impermeável , para impedir a eliminação de CO2 decorrente de putrefações ou fermentações provocadas por microrganismos que ali proliferam). O conjunto deve ser mantido no escuro durante várias horas. Passando esse tempo, vamos examinar as cubas contendo a água de cal. Certamente , vamos encontrar o líquido turvo em ambas as cubas. Essa turvação ocorre sempre que se mistura Co2 com Ca(OH)2, pois essas substâncias reagem entre si e formam o CaCo3 (carbonato de cálcio, que é o responsável pela turvação da água de cal). Aí surge uma pergunta: por que a água de cal ficou turva nas duas cubas , se em apenas uma das campânulas havia uma planta? Nesta campânula , a turvação se explica facilmente , pois houve liberação de CO2 pela respiração do vegetal. Mas , e na outra campânula? Não se esqueça de que o ar atmosférico encerra uma certa quantidade de CO2 . Quando você colocou a segunda campânula , não retirou o ar que ali havia. Por isso , o CO2 ali existente se combinou com o hidróxido de cálcio e deu, também , carbonato de cálcio , ainda que em menor quantidade. Se você quiser comprovar a eliminação do dióxido de carbono por uma planta num meio ambiente destituído desse gás , poderá , então , fazer outra experiência , usando o tubo de Liebig . Esse tubo é bem característico , mostrado na figura 1.31 com a indicação TL, contém potassa cáustica para fixar o dióxido de carbono do ar. O papel do vaso B é o de provocar a aspiração (sucção) do ar contido em todo o sistema quando a sua água começa a escoar. O frasco A serve para "testemunhar" que a potassa do tubo de Liebig fixou todo o gás carbônico que por ali passou. De fato, a água de cal do frasco A não vai se turvar quando o ar proveniente do tubo de Liebig por ali passar. Logo , teremos a certeza de que o ar que entra na campânula de vidro não contém CO2. A seguir , abrimos a torneira do vaso B . A água nele contida se escoa rapidamente . Isso provoca a rarefação do ar dentro desse frasco A não vai se turvar quando o ar proveniente do tubo de Liebig por ali passar. Logo, teremos a certeza de que o ar que entra na campânula de vidro não contém CO2. A seguir , abrimos a torneira do vaso B. A água nele contida se escoa rapidamente. Isso provoca a rarefação do ar dentro desse frasco. Em consequência, o ar contido em todo o sistema é "sugado" para o vaso B, passando pelo tubo de Liebig, pelo frasco A, pela campânula com a planta e pelo frasco A'. Ao borbulhar no frasco A , o ar provoca turvação da água de cal. Ora , como o ar que chega à campânula que cobre a planta não contem CO2 e o que dela sai o possui , a conclusão que se pode tirar é que o gás que sai da campânula e turva a água de cal do frasco A' foi eliminado pelo vegetal. É conveniente ressaltar que a respiração se faz por todas as partes de uma planta , isto é , pelas raízes , pelo caule e pelas folhas , se bem que seja muito mais intensa por estas últimas. As raízes carecem de um solo arejado, fofo, onde o ar penetre com certa facilidade. Sobre isso , é bom lembrar o importante papel que as minhocas desempenham , cavando túneis no solo, por onde o ar entra mais facilmente . Em regiões pantanosas, as plantas emitem raízes especiais que mudam a direção normal do desenvolvimento , virando as pontas para cima e aflorando à superfície , em busca do oxigênio. Essas raízes respiratórias são chamadas pneumatóforos. Nos caules velhos, revestidos de tecido suberoso, encontram-se as lenticelas , que são órgãos de arejamento dos caules. Mas a maior das trocas gasosas que a planta realiza com o meio ambiente se faz através dos estômatos .


Algumas Utilizações Práticas da Clonagem Gênica



Produzidas por clonagem gênica , as milhares de cópias exatas de um mesmo fragmento da molécula de DNA de um organismo ficam disponíveis para identificação das sequências de bases e para outros trabalhos de Biologia molecular. Clonando-se dessa forma vários trechos das moléculas de DNA de uma espécie , é possível formar uma biblioteca de DNA. A produção de certos hormônios da espécie humana já tem sido realizada por meio de técnicas de clonagem como as descritas . É o caso da insulina e da somatotropina (hormônio de crescimento). A insulina é fundamental no metabolismo do açúcar , e sua síntese é determinada geneticamente. Hoje já é possível produzir insulina clonando o gene humano em bactérias e estimulando-o para que entre em atividade. Produzem-se , assim, quantidades consideráveis de insulina , posteriormente isolada e purificada para a utilização humana. Alguns indivíduos não têm o alelo para esse hormônio e, assim , não produzem insulina , o que desencadeia uma das formas da doença chamada diabetes. Nessa forma da doença , geralmente as pessoas precisam receber diariamente doses adequadas de insulina para ter uma vida normal. A insulina produzida por engenharia genética é idêntica à sintetizada pelo pâncreas humano, o que elimina o risco de qualquer reação alérgica pelo diabético , que antes só podia contar com a insulina extraída do pâncreas de ratos criados em laboratório ou de bois e procos obtidos em matadouros. A somatotropina é um hormônio responsável pelo crescimento do indivíduo , sendo produzido na hipófise . Na ausência ou insuficiência desse hormônio a criança não nasce adequadamente. O tratamento até há alguns anos era feito com a somatropina extraída de outros organismos. Atualmente esse hormônio é produzido por bactérias que recebem o gene humano da somatotropina e são clonadas em laboratório, de modo semelhante ao descrito para as bactérias produtoras da insulina.


Os Primeiros Experimentos de Mendel


 Uma das razões do sucesso de Mendel foi o material escolhido para suas pesquisas: a ervilha da espécie Pisum Sativum. Esse vegetal apresenta uma série de vantagens: é de fácil cultivo; produz muitas sementes e , consequentemente , grande número de descendentes ; a flor é hermafrodita e se reproduz por autofecundação, isto é , a parte masculina (estames) produz gametas que fecundarão a própria parte feminina (carpelos); pode-se conseguir fecundação cruzada, fazendo com que um flor cruze com outra de outro pé de ervilha. Além essas vantagens , a ervilha apresenta uma série de característica simples e contrastantes : a cor da semente é amarela ou verde , sem tonalidades intermediárias ; a forma da semente é lisa ou rugosa ; em relação à altura , ou a planta era muito alta , com 2 m ou mais , ou muito baixa , com menos de 0,5 m. O fato de Mendel ter analisado uma característica de cada vez , sem se preocupar com as demais , contribuiu para o sucesso de suas pesquisas. Antes dele, estudiosos que procuraram analisar simultaneamente todas as características de cada planta acabaram desorientados com a enorme variedade de combinações surgidas. Além disso, Mendel analisava sempre grande número de descendentes em cada geração para determinar a proporção com que cada tipo de característica aparecia . Evitava , assim , conclusões erradas , resultantes de simples coincidências.


Revoluções Clássicas (Revolução Inglesa / Revolução Americana)


 Quando falamos em revolução sempre nos vêm à mente os três grandes movimentos que ocorreram em países da Europa e nos Estados Unidos: As Revoluções Inglesa, Francesa e Americana. Movimento em que parte dos senhores de terras e comerciantes se insurgiram contra o poder absoluto do rei e de seus associados (principalmente a nobreza e o clero, que nada produziam). Iniciado em 1642 , tinha como objetivo limitar e condicionar  esse poder a determinar funções , impedindo o controle do comércio e da indústria e a criação de impostos pelo rei sem autorização do Parlamento. Após prolongado conflito civil , as forças políticas que lutavam contra o absolutismo derrubaram a monarquia em 1649 e proclamaram a República. Esse movimento tornou possível a eliminação dos últimos laços que prendiam os ingleses a uma sociedade feudal. A monarquia foi restaurada em 1660, mas rei e os nobres perderam os poderes anteriores. O Parlamento havia adquirido força política e dividia o poder com a monarquia . Era o grande passo para que o mercantilismo se expandisse e como consequência o processo de industrialização, que aconteceria no século seguinte. O fundamental nesse processo foi a implantação de uma série de direitos que hoje são considerados universais. Mas foi um movimento em um único país e alterou substancialmente a situação apenas em uma sociedade. Só posteriormente teve repercussão maior. Transcorreu em 1776, caracterizando-se como luta contra o colonialismo inglês em que não havia a intenção de alterar profundamente as relações sociais, nem de transformar a propriedade , nem tampouco de abolir a escravidão. Foi considerada uma revolução orque teve grande repercussão , principalmente nos países da América Latina , e seu ideário pregava a liberdade, ou seja, o rompimento dos laços coloniais.

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