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A Respiração Nos Vegetais


Tal como os animais , os vegetais são também seres vivos. Por essa razão , também respiram. Uma planta absorve constantemente oxigênio do ar e elimina dióxido de carbono , ainda que durante o dia esse fenômeno não seja facilmente identificável , pois , em presença da luz, as plantas realizam a fotossíntese, que "encobre" a respiração. Você deve lembrar-se que, durante a fotossíntese , o vegetal absorve dióxido de carbono e elimina oxigênio (exatamente o contrário da respiração). No correr do dia, observamos nas plantas a ocorrência dos dois fenômenos opostos ao mesmo tempo. Mas a fotossíntese é mais intensa do que a respiração. No escuro , a respiração fica mais notável. Para demonstrar a respiração nos vegetais , podemos preparar a seguinte experiência:

1-Tomamos duas campânulas de vidro de igual tamanho; Debaixo de cada uma , colocamos um pequeno recipiente (cuba) contendo água de cal, isto é , uma solução aquosa de Ca (OH)2 (Hidróxido de Cálcio); 3- Debaixo de apenas uma das campânulas , colocamos um vaso com material impermeável , para impedir a eliminação de CO2 decorrente de putrefações ou fermentações provocadas por microrganismos que ali proliferam). O conjunto deve ser mantido no escuro durante várias horas. Passando esse tempo, vamos examinar as cubas contendo a água de cal. Certamente , vamos encontrar o líquido turvo em ambas as cubas. Essa turvação ocorre sempre que se mistura Co2 com Ca(OH)2, pois essas substâncias reagem entre si e formam o CaCo3 (carbonato de cálcio, que é o responsável pela turvação da água de cal). Aí surge uma pergunta: por que a água de cal ficou turva nas duas cubas , se em apenas uma das campânulas havia uma planta? Nesta campânula , a turvação se explica facilmente , pois houve liberação de CO2 pela respiração do vegetal. Mas , e na outra campânula? Não se esqueça de que o ar atmosférico encerra uma certa quantidade de CO2 . Quando você colocou a segunda campânula , não retirou o ar que ali havia. Por isso , o CO2 ali existente se combinou com o hidróxido de cálcio e deu, também , carbonato de cálcio , ainda que em menor quantidade. Se você quiser comprovar a eliminação do dióxido de carbono por uma planta num meio ambiente destituído desse gás , poderá , então , fazer outra experiência , usando o tubo de Liebig . Esse tubo é bem característico , mostrado na figura 1.31 com a indicação TL, contém potassa cáustica para fixar o dióxido de carbono do ar. O papel do vaso B é o de provocar a aspiração (sucção) do ar contido em todo o sistema quando a sua água começa a escoar. O frasco A serve para "testemunhar" que a potassa do tubo de Liebig fixou todo o gás carbônico que por ali passou. De fato, a água de cal do frasco A não vai se turvar quando o ar proveniente do tubo de Liebig por ali passar. Logo , teremos a certeza de que o ar que entra na campânula de vidro não contém CO2. A seguir , abrimos a torneira do vaso B . A água nele contida se escoa rapidamente . Isso provoca a rarefação do ar dentro desse frasco A não vai se turvar quando o ar proveniente do tubo de Liebig por ali passar. Logo, teremos a certeza de que o ar que entra na campânula de vidro não contém CO2. A seguir , abrimos a torneira do vaso B. A água nele contida se escoa rapidamente. Isso provoca a rarefação do ar dentro desse frasco. Em consequência, o ar contido em todo o sistema é "sugado" para o vaso B, passando pelo tubo de Liebig, pelo frasco A, pela campânula com a planta e pelo frasco A'. Ao borbulhar no frasco A , o ar provoca turvação da água de cal. Ora , como o ar que chega à campânula que cobre a planta não contem CO2 e o que dela sai o possui , a conclusão que se pode tirar é que o gás que sai da campânula e turva a água de cal do frasco A' foi eliminado pelo vegetal. É conveniente ressaltar que a respiração se faz por todas as partes de uma planta , isto é , pelas raízes , pelo caule e pelas folhas , se bem que seja muito mais intensa por estas últimas. As raízes carecem de um solo arejado, fofo, onde o ar penetre com certa facilidade. Sobre isso , é bom lembrar o importante papel que as minhocas desempenham , cavando túneis no solo, por onde o ar entra mais facilmente . Em regiões pantanosas, as plantas emitem raízes especiais que mudam a direção normal do desenvolvimento , virando as pontas para cima e aflorando à superfície , em busca do oxigênio. Essas raízes respiratórias são chamadas pneumatóforos. Nos caules velhos, revestidos de tecido suberoso, encontram-se as lenticelas , que são órgãos de arejamento dos caules. Mas a maior das trocas gasosas que a planta realiza com o meio ambiente se faz através dos estômatos .


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