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A Vida Nas Cidades


Os habitantes das cidades eram conhecidos como burguesia, em razão de viverem sob a proteção de muros fortificados que circundavam o espaço urbano, denominados forisburgos. Banqueiros , mascates , artesãos e grandes comerciantes criaram associações, as comunas, que representavam formas de ação antagônicas daquelas que norteavam o clero e a nobreza. Muitas comunas, sob o comando de ricos comerciantes , procuraram obter sua liberdade de organização. Por meio da compra de cartas de franquia ou mesmo de lutas e rebeliões, os burgueses conseguiam administrar suas cidades e restringir (às vezes , até impedir) a interferência dos nobres. O poder político das cidades era exercido pela participação dos cidadãos em assembleias , com poder de deliberar e de eleger os ocupantes dos principais cargos administrativos. Muitos reis europeus apoiaram os movimentos comunais. Apesar das perigosas idéias de igualdade e participação política que circulavam e eram postas em prática nas cidades, estas constituíam em potenciais aliadas para o fortalecimento do poder monárquico. Mas a oposição entre a nobreza e a rica burguesia mercantil começou a ser enfraquecida pelo contato social. Em algumas regiões , sobretudo na Península Itálica , nobres participavam de empreendimentos comerciais e atividades bancárias e transferiam sua residência para as florescentes cidades.  De outra parte, comerciantes enriquecidos desejavam ingressar nas fileiras da nobreza nas fileiras da nobreza e desfrutar do prestígio e dos privilégios da aristocracia senhorial. O casamento tornava-se a via de acesso possível. Família nobres em dificuldades financeiras permitiam o matrimônio de seus membros com plebeus ricos.

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