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Biodiversidade e Educação


Nos países ocidentais, desenvolveu-se o sentimento um pouco confuso, mas carregado de uma certa culpabilidade , de que seria necessário e urgente proteger uma natureza fortemente degradada pelo conhecimento da população humana e pelo desenvolvimento das atividades econômicas. Alguns cenários catastróficos , baseados na ideia de que a diversidade biológica era indispensável para a manutenção dos fenômenos reguladores da biosfera , ajudaram muito, é verdade , para esta tomada de consciência. Certas instituições de proteção da natureza, divulgadas pela mídia , também sensibilizaram o grande público sobre as ameaças de desaparição que pesam sobre certas espécies emblemáticas, como as pandas, os elefantes , baleias e as focas. Mas o público e os políticos estão ainda relativamente pouco preocupados com o desaparecimento de espécies menos carismáticas e com a degradação dos meios naturais , sobretudo desde que isso ocorra na outra extremidade do planeta.
As campanhas de sensibilização lançadas pelas organizações não governamentais (ONGs) ou por certos Estados participam também para convencer numerosos cidadãos da importância da biodiversidade, nos planos cultural e ecológico. Mas o sistema econômico e social continua a realçar os valores que vão de encontro a uma conservação durável: lucro a curto prazo, ausência de solidariedade com as gerações futuras etc. É necessário , portanto, integrar o respeito à biodiversidade na educação escolar e extraescolar. O ensino pode ser um instrumento potente para aumentar a tomada  de consciência do público em relação à proteção da biodiversidade , ao formar não só os conhecimentos mas, da mesma forma, as percepções e as atitudes dos jovens frente à biodiversidade.


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